quinta-feira, 18 de março de 2021

UNIVERSO E RAZÃO

 

Matéria, mutação e movimento no sistema

de inteligência orientado por sensações


Ube es, Adam?


Paulo JB Leal
Professor e advogado
Membro efetivo do IAB – Instituto dos Advogados Brasileiros



O entendimento como característica distintiva dos seres vivos

A aptidão natural de entender o meio em que vivem constitui o elemento distintivo entre seres e coisas, pois de que outra forma seria possível aos vegetais identificarem a existência da luz para o fototropismo; a ameba, do alimento para a fagocitose; os animais, do mundo natural para agirem de acordo com as necessidades inatas ao seu estágio de desenvolvimento, senão uma competência natural denominada entendimento?!

Observando-se atentamente os organismos na natureza, constata-se neles a existência de uma aptidão que, não obstante a impossibilidade de determinar o momento exato em que surge, constitui neles uma competência que os tornam aptos a fazerem uso de impressões produzidas pela objetividade fenomênica para entender o meio onde vivem.

Das impressões e dos juízos no sistema de inteligência

A sensibilidade é o meio através da qual os organismos interagem com a natureza, sendo dela a responsabilidade pela introdução de dados da objetividade no âmbito do sistema de inteligência dos seres vivos. Sem sensibilidade, a vida não seria possível, pois faltariam competências analíticas para que os seres possam entender e integrarem-se a ambientes muitas vezes hostis à existência deles.

Os dados impressos nos organismos por meio da sensibilidade são analiticamente ordenados por procesos que produzem, no âmbito do sistema que está na base da vida, sínteses de inteligência do mundo da natureza.

A matéria da analítica é a impressão fenomênica, que fornece dados à produção de sínteses. Embora situados em planos distintos, toda impressão produz um juízo correspondente e, como tal, sintético, não sendo possível, sem grave equívoco, falar-se em juízo analítico, por confundir a consequência com a causa.

Todo o ser vivo tem capacidade analítica. É isso que o permite entender o meio para relacionar-se com ele em cumprimento de suas necessidades vitais. Mas isso não significa que a capacidade analítica possa ser confundida as sínteses, ou juízos, que ela produz, uma vez que estes, por situarem-se no âmbito metafísico, encontram-se em ambiente distinto do produtor das impressões.

Mas, se a toda impressão há um correspondente juízo, nem todo o juízo é derivado de impressões. A matemática e a geometria demonstram a existência de um ambiente de inteligência puramente sintético, em que os juízos não estão referidos a coisa alguma, apenas a outros juízos.

O ambiente fenomenológico

Os eventos fenomênicos são dados analiticamente apreensíveis pelo sistema de inteligência, orgânico, dos seres vivos. A capacidade analítica pode ser exercida mediada por impressões ou deduzida com auxílio de instrumentos que ampliam as competências naturais da sensibilidade humana.

A eletrônica é a prova de que não obstante a inexistência de capacidade para a percepção de elétrons, o ser humano descobriu a sua existência e construiu instrumentos que lhe permitiram manipulá-los pela ação, transformando-os em manifestações sensíveis.

No entanto, a falta de capacidade analítica direta da matéria do fenômeno, pelo organismo, não o torna inexistente e provavelmente ainda estão para serem descobertas tantas outras matérias no Universo, que somente especular sobre isso seria uma tarefa infindável.

A ciência da natureza avança na mesma medida em que o homem consegue, com sua inteligência e ação, desenvolver instrumentos que ampliam sua capacidade analítica, permitindo-lhe frequentar ambientes de racionalidade jamais sonhados pelos gênios da antiguidade.

Com certeza, o ser humano ainda engatinha nessas descobertas e não será nenhum exagero afirmar a possibilidade de existirem outras competências entre os organismos, bastando examinar a ação de seres que se deslocam com precisão em ambientes deficientes de referências, que somente aptidões analíticas ainda desconhecidas poderiam explicar esses comportamentos.

O ambiente metafísico

O ambiente metafísico, sintético, é o âmbito do sistema de inteligência responsável pela constituição das referências utilizadas pelo ser humano para pôr em ordem o mundo natural. Na metafísica, o sistema analítico fornece dados, que são impressos no organismo pela natureza fenomênica por meio dos sentidos, para que ele possa produzir sínteses, ou memórias, utilizadas pela razão para pensar sobre o universo sensível. É por isso que o ser humano não consegue pensar sobre o mundo da natureza sem dados analíticos, embora possa, perfeitamente, pensar apenas por meio de sínteses.

A falta de delimitação entre esses dois ambientes, totalmente distintos, utilizados pela racionalidade humana, constitui o principal entrave para entender como foi possível o avanço das ciências da natureza, não obstante a objeção do ceticismo quanto à possibilidade de se conhecer algo.

Mas o certo é que a metafísica resulta de sínteses de inteligência do sistema racional, que pode ser empírica, pura ou cultural. Quando ela constitui as referências espaciais, de quantidade e de ordem ela é pura. Quando ela organiza os dados buscado do universo fenomênico pelos sentidos, ela é empírica e, quando ela se orienta unicamente pela linguagem, é cultural. No primeiro caso ela põe em ordem o ambiente das certezas, que são universais; no segundo, ela constitui as verdades humanas, que são individuais e, no último, ela produz o sistema de crenças, que são coletivas e culturais.

A correspondência entre fenômenos e sínteses

A toda impressão há uma correspondente síntese, que é verdadeira em si mesma e não está sujeita a variações culturais. Todo e qualquer objeto sensível produz exatamente a mesma síntese entre seres da mesma espécie.

O ser humano, no entanto, carente de parâmetros analíticos naturais, não consegue fazer com que impressões oriundas de fenômenos espacial ou temporalmente distintos sejam ordenadas exatamente do mesmo modo. O refinamento das competências analíticas proporcionado pelo uso de instrumentos tem demonstrado que, mesmo quando aparentemente isso ocorre, o acúmulo de dados obtidos por meio da análise nunca é suficiente para se ter certeza da coincidência entre eles.

Nada parece mais evidente a respeito disso do que o exame da noção de tempo. Do critério inicialmente representado pelo movimento da terra em torno do próprio eixo ou em relação ao sol, ao do movimento de elétrons, na medida em que se acumulam informações no campo da objetividade fenomênica, o ser humano se vê obrigado a alterar os critérios que definem essa noção de inteligência da realidade natural.

No entanto, isso não significa que a falta de certeza quanto à coincidência entre impressões e fenômenos distintos constitua obstáculo ao desenvolvimento das ciências da natureza, pois, na medida em que o avanço tecnológico permite a ampliação do horizonte analítico, o ser humano reformula o juízo. Nesse caso, não há falsidade do juízo anterior, mas um novo juízo, constituído a partir dos dados analíticos atualizados pela realidade natural.

As impressões e sínteses são sempre coincidentes e se manifestam do mesmo modo entre seres da mesma espécie. Basta examinar o comportamento animal em relação ao movimento, ou no uso de suas habilidades diante de obstáculos, para constatar-se que, salvo em caso de traumas ou adestramento, o comportamento diante de situações semelhantes será sempre o mesmo.

O universo fenomênico na constituição dos juízos

O universo é totalidade fenomênica em movimento no espaço. Basta tomar qualquer uma de suas partes em exame para constatar que nada nele é estático: das galáxias às moléculas e átomos, tudo é transformação e movimento. São eventos que embora pareçam repetir-se, jamais ocorrem do mesmo modo e todas as tentativas de encontrar referências estáticas nos exames dos processos que determinam a existência do universo, foram em vão.

Todo fenômeno, quando particularmente considerado pela inteligência humana, apresenta-se como algo que possui matéria e forma. A matéria, presente na parcela do universo que se imprime no organismo produzindo sínteses por meio das sensações, e, a forma, nas relações que o sistema de inteligência estabelece entre as demais sínteses ao ser impresso pela matéria do fenômeno.

A matéria é sempre revelada pelas sensações. A forma, pelas sínteses de inteligência que o organismo produz ao pôr a matéria em ordem no âmbito da razão. Uma, é revelada pela análise; a outra, é resultado de sínteses de relações. Na análise, quando a matéria é impressa no organismo; na síntese, pelas relações de imputação que distinguem a matéria do diverso de si mesma.

É por isso que as relações espaciais e cronológicas, utilizadas para ordenar a matéria do fenômeno, constituem a base da racionalidade: A matéria produzindo sínteses de representação do fenômeno no âmbito da sensibilidade do organismo e a forma constituindo sínteses de imputação da mudança objetiva da matéria no espaço, ou de sucessividade.

Portanto, a matéria do fenômeno é a parcela do universo que se imprime no organismo, e a forma são as memórias produzidas em face das referências utilizadas para a constituição das noções tomadas na ordenação dos dados relativos ao mundo natural no qual o homem se reconhece existente.

Das impressões sensíveis às sínteses de inteligência

Todo o evento fenomênico que incide sobre a sensibilidade humana imprime-se no organismo por meio das sensações. São os fenômenos imprimindo-se, e o organismo produzindo sínteses. É por isso que, racionalmente, ao tomar-se o mundo da natureza sob exame, facilmente se constata que ele não passa de sínteses de memórias de fenômenos impressas pelo universo em mutação no âmbito dos sentidos humanos.

O mundo, que se constitui no âmbito da razão, resulta de sínteses relacionadas por meio de cinco sentidos exógenos1, ou de qualificação da matéria dos fenômenos, mediadas pelas sensibilidades visual, tátil, olfativa, auditiva e gustativa e, também, por dois sentidos endógenos, ou de imputação, coordenados por instruções do sistema de sobrevivência e de reprodução do organismo.

Os sentidos exógenos imprimindo dados da objetividade fenomênica e os sentidos endógenos pondo o sistema funcional a produzir sínteses de inteligência da realidade natural.

Razão como ordenação de sensações

Os processos utilizados pelo sistema de inteligência para produzir dados racionais consistem na ordenação espacial e temporal das sínteses impressas no organismo como memórias da objetividade fenomênica. Os sentidos exógenos veiculando dados produzidos pela matéria dos fenômenos, e os sentidos endógenos integrando-os às funções vitais. Aqueles identificando e acumulando informações do mundo natural e estes relacionando-os ao sistema que está na base dos processos que resultam na constituição e no desenvolvimento da vida.

Mas, as impressões produzidas por meio dos sentidos são sempre parciais e incompletas. Embora o universo seja resultado da totalidade fenomênica, os sentidos produzem sínteses apenas da parcela da objetividade que é impressa pelas sensações. É por isso que, ao integrá-las aos demais dados de modo a torná-las tão complexas como são os fenômenos que as deram causa, o sistema racional precisa submetê-las em ordem às demais memórias do organismo e, sempre que, por terem origem nas mesmas fontes, houver semelhança entre sínteses, as parcelas do universo que produziram esses dados passam ser relacionadas como singularidades (lua, sol, árvore, casa, etc).

Comparando-se essa forma de ordenação de memórias, impressas por meio dos sentidos exógenos, a uma matriz matemática endógena, as sínteses seriam organizadas espacialmente (plano “x”) na mesma ordem de precedência em que foram impressas no organismo (plano “y”).

Com isso, sempre que as sínteses se assemelharem em relação a fonte, os dados se consolidam na posição horizontal, do espaço. Depois, ao serem colocadas em ordem cronológica, no plano vertical, do tempo, o sistema de relações se organiza e ganha forma racional. Assim, a razão, nesse aspecto, não passa de um sistema de relacionamentos entre sínteses, ordenadas espacial e temporalmente no âmbito do sistema memórias do organismo em representação da realidade natural.

Razão animal e razão cultural

A razão se constitui em dois momentos sucessivos. O primeiro, quando a matéria dos dados oriundos da objetividade é impressa, e o sistema de inteligência as põem em ordem como sínteses de memórias do mundo natural. O segundo, na medida em que os dados utilizados pela racionalidade, ao invés de serem produzidos por ordenação de sínteses oriundas de impressões produzidas pelo universo fenomênico, são constituídos relacionando apenas memórias de impressões.

Enquanto as sínteses de relações que apontam para os fenômenos naturais são de primeiro nível, da natureza animal, as sínteses que resultam de relações produzidas apenas no âmbito da razão são de segundo nível e cultural. No primeiro caso, as sínteses são resultantes da matéria do fenômeno. No segundo, da memória da matéria do fenômeno. Um resulta da impressão, outro da forma do fenômeno.

É nessa fase do sistema que a linguagem se insere no âmbito da razão como elemento cultural, pois não havendo mais uso das sínteses das impressões produzidas pelos dados da objetividade, mas apenas de relações entre memórias, para dar coerência ao sistema de inteligência, os signos linguísticos tomam o lugar da matéria do fenômeno. Com isso, o universo, e seus fenômenos, passa a ser representado pela linguagem no sistema utilizado pelo indivíduo para tratar de si, da objetividade e da própria razão humana.

A contar de então, a razão emancipa-se da objetividade para constituir-se relacionando signos linguísticos e sínteses da objetividade impressas por meio dos sentidos, orientando-se unicamente pela capacidade humana de imaginar e guardar memórias de sua imaginação.

O conhecimento e a ciência no sistema racional

A razão humana é resultado de um sistema de sínteses de impressões produzidas pelo universo fenomênico e, também, de sínteses de relacionamentos entre as memórias dessas impressões. Embora as sínteses de relações, remotamente tenham origem na objetividade, nessa fase a objetividade fenomênica é tomada apenas como modelo para a produção dos dados utilizados pelo ser humano para pensar.

Conquanto as sínteses de relações entre memórias pareçam tratar do mesmo tema que sínteses produzidas pela matéria dos fenômenos, elas são totalmente diversas: As sínteses das matérias dos fenômenos estão sempre relacionadas à natureza sensível, enquanto que as sínteses de relações entre memórias são metafísicas, e estão relacionadas apenas ao sistema de ideias.

No primeiro caso, o sistema decorre de adequação funcional, ou seja, a razão é compulsória e resulta das impressões produzidas pelo mundo da natureza, que se impõe como verdade ao organismo ao ser conhecida. Já, no segundo caso, a razão decorre do sistema cultural que antecede ao ser, ou da ciência.

É por isso que a linguagem é o principal instrumento da razão cultural, pois é ela que produz as matrizes de racionalidade utilizadas nas relações linguísticas e é ela que permite ao homem separar-se da natureza, da espiritualidade, da ética e dos sentidos, para se inserir no ambiente das ideias, da cultura, das ideologias e da moral.

Portanto, distinguir a parte da racionalidade em que as sínteses decorrem da natureza e dos sentidos, do sistema produzido pela razão em que as sínteses são relacionadas apenas ao sistema de ideias é de fundamental importância, pois é isso que permite a distinção entre conhecimento e ciência: Uma, imanente e relacionada aos sentidos e ao mundo da natureza; A outra, transcendente e produzida apenas por meio da capacidade de imaginar e de relacionar memórias.

Fato e realidade na constituição da razão

Desenvolvidos os processos orgânicos e funcionais que tornam possível ao ser humano reconhecer-se, estabelecer relações, e guardar memórias dessas relações, tem início a fase de constituição do sistema de inteligência que abandona a mediação das sínteses oriundas objetividade em prol da linguagem, que ocorre quando o sistema racional passa a fazer uso das memórias da natureza para constituir, ele mesmo, e mediado apenas por signos linguísticos, o mundo racional.

Nesse sistema, a linguagem tanto pode produzir relações de inteligência que concordem com as memórias da objetividade, quanto para produzir noções racionais totalmente descoladas das relações entre impressões e sínteses.

Em sendo o universo complexo de fenômenos que se imprimem no organismo por meio das sensações, a primeira questão a ser distinguida na linguagem é o modo pelo qual ela se relaciona com o ambiente natural, pois, diferentemente do que é possível imaginar, jamais, e em hipótese alguma, a razão se relaciona com a objetividade mediada apenas pela linguagem: Razão e universo precisam, sempre, da mediação dos sentidos para estabelecerem relações.

É desse modo que o universo ganha o status de facticidade, pois, na perspectiva das impressões produzidas por meio dos sentidos, fato é sensação: Sempre, e sob qualquer exame, toda referência feita ao universo fenomênico diz respeito a algo que tem origem em sensação.

É por isso que fato só é fato na perspectiva do sujeito. Abstraindo o sujeito, o fato, em si, desaparece, restando apenas o universo totalmente alheio, enquanto objetividade fenomênica, às eventuais ideias que alguém possa produzir a respeito de sua constituição.

Mundo natural e mundo cultural

As noções que permitem ao organismo estabelecer relações constitutivas daquilo que se toma na conta do mundo natural, ou “real”, são sínteses de impressões produzidas pela objetividade. Essas sínteses, cuja origem é fenomênica, compõem os dados que permitem ao organismo produzir o complexo sistema de relacionamentos utilizados pela razão.

As sínteses, mediadas pela linguagem, ao serem relacionadas entre si, resultam em novas sínteses que passam a ser tomadas em representação da objetividade: A natureza, nesse contexto, só existe para a razão como memórias de relações entre sensações (pois são as sensações, e não a razão, que fazem a mediação entre o sistema de inteligência e o mundo natural).

A partir disso, não é mais a matéria oriunda do universo fenomênico que constitui o mundo da facticidade. A facticidade, que principia pelas sensações e pela ordenação das relações entre organismo e universo, passa ser mediada pela linguagem ao assumir o papel que, sob o ponto de vista do universo fenomênico, seria da objetividade.

Portanto, entre qualquer evento que tenha origem na natureza fenomênica e o homem sempre haverá mediação das sensações. Por isso, é mais do que evidente que o mundo fenomênico sempre antecede a razão, como já constatou Immanuel Kant, ao afirmar que “no tempo, pois, nenhum dos nossos conhecimentos precede a experiência, e todos começam por ela”.

Feitas essas considerações, é possível concluir que, do ponto de vista racional, a realidade só é realidade na perspectiva do sujeito, pois é ele quem dá facticidade a ela ao relacioná-la ao mundo natural por meio dos sentidos ou, então, à razão por meio da linguagem.

É por isso que nos sistemas de inteligência ordenados em âmbitos culturais é a linguagem, e não mais os sentidos, que assume o papel de mediação entre o sujeito e o mundo da natureza, pois, ao substituir as sínteses impressas no organismo humano por meio dos sentidos, por signos linguísticos, ela assume integralmente o papel de produzir as sínteses utilizadas na ordenação do mundo em que vive o homem.

A linguagem, nesse contexto, constitui o homem, ordena o universo, faz o seu mundo e, também, a sua realidade, que tanto pode servir para organizar, pôr em ordem e orientar, como para iludir, trapacear e enganar.

1   Bem examinados, seriam apenas dois os sentidos exógenos: visão e tato. O olfato, o palato e a audição são apenas especializações do tato. Já a visão tem outra natureza: As impressões visuais são leituras do sistema ótico de diferentes frequências e comprimentos de ondas de luz que permitem ao organismo produzir sínteses de formas no espaço e do espectro de cores da objetividade fenomênica (bem, mas isso é outro tema, que não cabe examinar aqui).